Um artigo publicado no Moskovskiy Komsomolets causou uma revolta mundial, ao tratar as russas como prostituas, em virtude do comportamento das mulheres daquele país durante a Copa do Mundo.
A polêmica não é nova, muito menos exclusiva, os fatos narrados no texto se repetem sempre, seja em uma Copa do Mundo, em Olímpiadas, corridas de Fórmula 1, uma viagem de faculdade, entre outros incontáveis eventos sociais que ocorrem por aí.
O comportamento sexual faz parte da vida social de TODAS as pessoas, aliás, não só das pessoas, mas de, praticamente, todos seres vivos. Sendo assim, por sermos seres, graças a Deus, sexuados, toda vez que ocorre um evento nosso comportamento fica ainda mais evidente.
O fato da Copa estar sendo realizada na Rússia, dá uma pitada de pimenta no debate, eis que trata-se de um país com regras rígidas sobre comportamento sexual e, no qual, o machismo ainda é muito evidente.
A exceção do machismo, a rigidez sobre o comportamento sexual não pode ser tida como errada ou equivocada. Como também não pode ser reprovado o “liberalismo” sexual. Cada um sabe o que faz com seu corpo, possui direito a ter sua própria decisão/ opção e se encaixa dentro de um sistema político-social para o qual fez, de alguma forma, optou.
Ou seja, o que quero dizer é que, tratando-se de comportamento sexual, não se pode definir o certo ou errado. Ser conservador não é errado, nem certo. Ser um ser “prostituto”, muito menos. Um governo que reprove a conduta sexual, pode e deve ser questionado, mas não é necessariamente errado. O mesmo raciocínio se aplica para os governos liberais, como o do Brasil.
Mas, não há como ratificar o texto assinado por Platon Besedin.
É da mais alta reprovabilidade definir uma mulher como prostituta por exercer seu livre direito de trepar, transar, fluflar com quem, e com quantos, ela bem quiser. Sei que, sob a ótica conservadora, aquela que é pautada no conceito de “pai e mãe de família”, é algo que assusta, mas deve ser aceita.
É aquilo, desde que não prejudiquem terceiros, e lançando mão de Fernando Pessoa, é possível afirmar que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. E é de uma “pequenez” estrondosa julgar uma mulher por ela gostar de trepar. Ou de mamar, para adentrar em um dos exemplos dados pelo jornalista.
O Sexo é natural e, como tal, assim precisa ser tratado. Não se pode mais deixar que valores religiosos, sociais e/ou políticos interfiram na liberdade sexual, pois esse conceito tem a ver com o íntimo de cada um, vinculado aos Direitos Humanos, não podendo ser mitigado.
As críticas foram para as Russas, mas já foram para as brasileiras, italianas, mexicanas, americanas e assim será, até que a sociedade dê um basta e coloque a hipocrisia de lado, para aceitar que homens e mulheres querem mesmo é trepar.